Receber um diagnóstico de baixa reserva ovariana pode assustar a mulher que tem o desejo de engravidar. No entanto, é importante lembrar que existem diferentes abordagens para lidar com essa condição e o resultado deste exame, de forma isolada, não exclui as possibilidades de uma gestação.
Neste conteúdo, vamos falar mais a respeito do que é a baixa reserva ovariana, o que ela significa e conhecer diferentes estratégias que podem ser integradas para melhorar a sua saúde reprodutiva.
O que é baixa reserva ovariana e como descobrir essa condição?
A baixa reserva ovariana ocorre quando a quantidade de óvulos disponíveis nos ovários está reduzida, o que pode impactar a fertilidade feminina. De forma resumida, isso significa que a mulher possui um número menor de óvulos em comparação com o esperado para sua idade, podendo também haver uma diminuição na qualidade desses óvulos.
Os principais exames utilizados para diagnosticar essa condição incluem:
- Hormônio Anti-Mülleriano (AMH): Avalia a reserva ovariana indicando a quantidade de folículos disponíveis nos ovários.
- Hormônio Folículo-Estimulante (FSH): Níveis elevados podem indicar uma diminuição da função ovariana.
- Ultrassonografia Transvaginal: Conta o número de folículos antrais nos ovários, fornecendo informações sobre a reserva ovariana.
A baixa reserva ovariana pode não apresentar sintomas evidentes, mas alguns sinais e fatores podem levantar suspeitas. Entre eles posso citar:
- Dificuldade para engravidar: Se há tentativas sem sucesso por mais de 6 meses (após os 35 anos) ou 1 ano (antes dos 35), pode ser um alerta.
- Ciclos menstruais irregulares ou mais curtos: A redução no tempo entre as menstruações (menos de 24 dias) pode indicar menor quantidade de folículos disponíveis.
- Fluxo menstrual mais leve: Uma diminuição significativa no fluxo pode ser um sinal de alterações hormonais ligadas à reserva ovariana.
- Histórico familiar de menopausa precoce: Se sua mãe ou avó entraram na menopausa antes dos 40 anos, há maior chance de predisposição genética.
- Sintomas de menopausa precoce: Ondas de calor, ressecamento vaginal e alterações de humor podem surgir em casos mais avançados.
A importância do equilíbrio do sistema energético para casos de baixa reserva ovariana
Na visão da Medicina Tradicional Chinesa e das terapias naturais, o corpo funciona como um sistema interconectado onde a energia vital (Qi) precisa fluir de maneira equilibrada para que todos os órgãos, incluindo os reprodutivos, desempenhem bem suas funções.
A baixa reserva ovariana pode estar associada a um desequilíbrio energético que afeta o funcionamento dos rins, do baço e do fígado, órgãos essenciais para a fertilidade, de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa.
Por esse motivo, trabalhar o equilíbrio dessas energias através de práticas como acupuntura e fitoterapia, aliadas aos tratamentos indicados pelo médico que está acompanhando o seu caso, vão favorecer a qualidade dos óvulos e melhorar o ambiente uterino.
Como a Acupuntura Age?
A acupuntura é uma das abordagens mais utilizadas dentro das terapias integrativas para estimular a fertilidade. Estudos indicam que essa técnica pode:
- Melhorar a circulação sanguínea nos ovários e no útero;
- Ajudar a regular os níveis hormonais;
- Reduzir o estresse e a ansiedade, fatores que impactam a ovulação;
- Favorecer a qualidade dos óvulos;
- Fortalecer a energia dos rins, essencial para a reserva ovariana segundo a Medicina Chinesa.
As sessões de acupuntura devem acontecer durante as fases do ciclo menstrual e podem ser combinadas com outras estratégias para potencializar os resultados.
Visão multidisciplinar
É essencial adotar uma abordagem multidisciplinar quando se trata da baixa reserva ovariana. Profissionais como ginecologistas, especialistas em reprodução assistida, nutrólogos e acupunturistas podem trabalhar juntos para criar um plano de tratamento individualizado.
Além das terapias naturais, exames complementares e mudanças no estilo de vida (como alimentação equilibrada, manejo do estresse e suplementação adequada) vão fazer parte de um ambiente mais favorável à fertilidade.
FIV e a baixa reserva ovariana
Apesar de não ser a única possibilidade para mulheres com baixa reserva ovariana, a fertilização in vitro é uma das opções para uma gestação.
Como a quantidade de óvulos disponíveis é reduzida, a FIV pode otimizar as chances de sucesso ao estimular os ovários para a captação do maior número possível de óvulos viáveis. Além disso, técnicas como a estimulação ovariana, uso de óvulos previamente congelados e, em alguns casos, doação de óvulos podem ser recomendadas para aumentar as probabilidades de uma gestação saudável.
[FIV e acupuntura: qual a relação?]
Integrar práticas como a acupuntura durante o processo da FIV pode auxiliar na resposta do organismo à estimulação hormonal, melhorar a receptividade endometrial e reduzir os efeitos colaterais do tratamento.
Lembre-se: baixa reserva ovariana não é um diagnóstico fechado
Receber o diagnóstico de baixa reserva ovariana não significa que não há possibilidades de gestação. O caminho envolve o equilíbrio do corpo, abordagens naturais para estimular a fertilidade e um suporte médico adequado. Se você está passando por esse desafio, busque orientação profissional e explore todas as possibilidades para encontrar a melhor abordagem para o seu caso.
O mais importante é cuidar do corpo e da mente, respeitar os processos naturais e contar com o apoio de especialistas multidisciplinares para seguir em direção ao seu sonho de ser mãe.
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